quarta-feira, 14 de março de 2012

Infecção Hospitalar: Um mal que pode ser erradicado...

Há qua­se 25 anos, os bra­si­lei­ros acom­pa­nha­ram a ago­nia do pre­si­den­te elei­to Tan­cre­do Ne­ves, que mor­reu no dia 21 de abril de 1985 de­pois de pas­sar por se­te ci­rur­gi­as e to­mar de­ze­nas de an­ti­bi­ó­ti­cos. Ele foi ví­ti­ma de in­fec­ção hos­pi­ta­lar.

A par­tir da mor­te de Tan­cre­do os hos­pi­tais bra­si­lei­ros pas­sa­ram a ado­tar me­di­das mais rí­gi­das pa­ra o con­tro­le da in­fec­ção hos­pi­ta­lar, ape­sar de o Pro­gra­ma Na­ci­o­nal de Con­tro­le de In­fec­ção Hos­pi­ta­lar do Mi­nis­té­rio da Sa­ú­de ser de 1982. Mas o con­tro­le es­tá lon­ge de ser efi­ci­en­te.

É o que de­mons­tra a si­tu­a­ção em que se en­con­tra o Hos­pi­tal de Ur­gên­cias de Apa­re­ci­da de Go­i­â­nia (Hu­a­pa). Em um ano, 88 pa­ci­en­tes te­ri­am mor­ri­do ví­ti­mas de in­fec­ção hos­pi­ta­lar, o que le­vou a Se­cre­ta­ria de Sa­ú­de do Es­ta­do a sus­pen­der as in­ter­na­ções na uni­da­de no iní­cio da se­ma­na pas­sa­da. Na sex­ta-fei­ra, 12, a se­cre­tá­ria de Sa­ú­de, Ira­ni Ri­bei­ro, anun­ciou a re­to­ma­da das in­ter­na­ções na uni­da­de ale­gan­do que o hospital es­tá ap­to a re­ce­ber pa­ci­en­tes. O Hu­a­pa pas­sou por um pro­ces­so de de­sin­fec­ção que não ex­clu­iu nem as lu­mi­ná­ri­as.

Nos hos­pi­tais bra­si­lei­ros, a ta­xa de in­fec­ção hos­pi­ta­lar é de 9%, se­gun­do Pa­no­ra­ma do Con­tro­le da In­fec­ção Hos­pi­ta­lar no Bra­sil, ela­bo­ra­do pe­la An­vi­sa. De 100 pes­so­as in­ter­na­das, no­ve apre­sen­tam al­gum ti­po de in­fec­ção con­tra­í­da no hos­pi­tal. No Hu­a­pa, foi anun­ci­a­do que a in­ci­dên­cia che­gou a 88,23%, em abril do ano pas­sa­do.